BILINGUISMO E IDENTIDADE: A PRESERVAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA COMO HERANÇA CULTURAL
Resumo
Este trabalho investiga os desafios e as estratégias adotadas por famílias brasileiras na transmissão do Português como Língua de Herança (PLH) em contextos migratórios. Considera-se que a globalização intensificou os fluxos de emigração (OIM, 2023) e, com eles, as tensões relacionadas à preservação de línguas minoritárias. O estudo parte da compreensão de que a PLH não é apenas um código comunicativo, mas também um espaço simbólico de memória, identidade e pertencimento. A pesquisa, desenvolvida como Trabalho de Conclusão de Curso em Letras – Português na Universidade Federal de Jataí, adota abordagem bibliográfica qualitativa, fundamentada na Análise de Conteúdo de Bardin (1977), a partir de estudos recentes que abordam bilinguismo, identidade cultural e preservação linguística. Os resultados preliminares indicam que a vitalidade do PLH depende da articulação entre práticas familiares, atitudes parentais positivas e iniciativas comunitárias, como escolas de língua e associações culturais. Observa-se ainda que fatores sociais, como classe, gênero e composição familiar, influenciam diretamente esse processo, além de evidenciar que a construção identitária das crianças bilíngues se dá em um movimento híbrido e dinâmico, atravessado por tensões interculturais. Conclui-se, de modo preliminar, que preservar o português como língua de herança constitui não apenas ato linguístico, mas também político, de resistência e afirmação cultural na diáspora.
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