MONSE: GÍRIAS E EMPODERAMENTO EM “ON MY BLOCK” (2018)

Autores

  • Thiago André Rodrigues Leite thiago.leite@ifg.edu.br
    Instituto Federal de Goiás (IFG)
  • Karine Rios de Oliveira Leite karine.leite@ifg.edu.br
    Instituto Federal de Goiás (IFG)

Resumo

A série “On my block” (2018) estrutura-se aos moldes das características típicas das séries teens, com personagens, gírias, temas e conflitos próprios. Nela, embora questões sobre sexismo, machismo e racismo não sejam abordadas centralmente, podem ser entrevistas ao observarmos especificamente vivências da personagem Monse, garota protagonista do grupo de amigos na série. Monse, uma adolescente negra e pobre, incentiva o grupo a se superar. Assim, analisamos como as gírias que ela emprega podem indiciar vestígios de empoderamento. Para isso, tivemos como referenciais teóricos estudos de Cabello (2002) sobre gíria; e, para relacionarmos as gírias ao empoderamento, em uma perspectiva feminista, os estudos de hooks (2004) e Berth (2020). Tivemos como material de análise a série “On my block” e, como objeto de estudo, as gírias produzidas por Monse ao longo da série. Selecionamos e analisamos as gírias, pensando no fato de ocorrerem, predominantemente, em circunstâncias informais, privadas e, em alguma medida, marginais, permitindo a construção de certos sentidos, além dos atribuídos, na legenda em português, pela própria equipe tradutora da série. Constatamos que certas gírias empregadas pela garota indiciam a transgressão a lugares sociais e linguísticos regularmente atribuídos à mulher (negra) na sociedade patriarcalista, configurando-se como empoderamento da protagonista Monse.

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Publicado

10.12.2025

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Como Citar

RODRIGUES LEITE, Thiago André; RIOS DE OLIVEIRA LEITE, Karine. MONSE: GÍRIAS E EMPODERAMENTO EM “ON MY BLOCK” (2018). Anais da Semana de Licenciatura, Jataí, v. 1, n. 1, p. 120–131, 2025. Disponível em: http://periodicos.ifg.edu.br/index.php/semlic/article/view/2991. Acesso em: 13 dez. 2025.

Edição

Seção

Linguagem, cultura, sociedade, inclusão, diversidade e construções identitárias

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