DIAGNÓSTICO DA DEVOLUÇÃO DE EMBALAGENS VAZIAS DE PESTICIDAS EM GOIÁS
Palavras-chave:
contaminações, pesticidas, defensivos, agronegóciosResumo
O trabalho desenvolvido aborda a questão da gestão de embalagens vazias de agrotóxicos no estado de Goiás, com foco na logística reversa e seu impacto ambiental e social. A justificativa para a elaboração do estudo é a necessidade de avaliar a eficácia das políticas públicas relacionadas à devolução de embalagens de agrotóxicos, que buscam reduzir os danos ambientais e proteger a saúde pública. O problema da má gestão de resíduos de pesticidas é grave, considerando os impactos que o descarte inadequado pode gerar ao meio ambiente e à sociedade. O principal objetivo foi avaliar a eficiência do sistema de devolução de embalagens vazias no estado de Goiás e identificar áreas onde pode haver melhorias nesse processo. A pesquisa foi baseada em dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV) entre 2020 e 2023. A análise buscou comparar a taxa de devolução em Goiás com a média nacional e verificar a distribuição dos centros de coleta. A metodologia utilizada foi quantitativa, com coleta de dados primários e secundários sobre o tema. O estudo analisou informações sobre a quantidade de embalagens devolvidas por ano e as taxas de crescimento, além disso, realizou-se uma complexa revisão bibliográfica em bases de dados científicos, buscando embasamento teórico sobre a logística reversa de pesticidas e sua eficácia. Os resultados indicaram que a taxa de devolução de embalagens no estado de Goiás está alinhada com a média nacional, em torno de 78%, no entanto, algumas regiões, como o município de Luziânia, salientaram quedas significativas nas taxas de recolhimento, apesar de serem áreas com alta produção agrícola. Isso sinaliza a necessidade de maior fiscalização e campanhas de conscientização direcionadas a essas áreas. Em contrapartida, regiões como Goiânia, demonstraram um aumento nas coletas, o que demonstra uma melhoria no sistema de logística reversa. Pode-se concluir, portanto, que em termos de infraestrutura, os centros de coleta são bem distribuídos em Goiás, principalmente em áreas de maior produção agrícola, o que facilita o processo de devolução. Contudo, desafios como a comunicação entre os atores envolvidos no processo, especialmente entre agricultores e centros de coleta, ainda persistem, afetando a eficiência do sistema. Desse modo, o estudo reforça que, embora Goiás apresente uma estrutura eficiente para a devolução de embalagens vazias, ainda há espaços para melhorias, principalmente em termos de fiscalização e conscientização social. A adoção de tecnologias de rastreamento e a intensificação de ações educativas sobre a importância da devolução correta são recomendadas para garantir o desenvolvimento sustentável do sistema e minimizar os impactos ambientais.