EDUCAÇÃO FEMINISTA E CONTEXTO EM “PARA EDUCAR CRIANÇAS FEMINISTAS” E “O MUNDO DE AISHA”
Palavras-chave:
feminismo, educação, gênero, contextoResumo
O projeto realizado teve como base três obras fundamentais para o estudo a respeito do feminismo em diferentes cenários socioculturais. Inicialmente, foi realizada a análise de “Para Educar Crianças Feministas: Um Manifesto”, de Chimamanda Ngozi Adichie, que propõe um modelo de criação infantil baseado na igualdade de gênero e na desconstrução de estereótipos desde a infância. O conceito de feminismo é apresentado a partir de quinze sugestões que compõem o livro e vinculado à necessidade de questionar sobre justiça, igualdade, dignidade, respeito, valores, cultura e poder. Em seguida, foi estudada a obra “O Mundo de Aisha: A Revolução Silenciosa das Mulheres no Iêmen”, de Ugo Bertotti, que aborda a realidade das mulheres iemenitas e suas lutas por autonomia em uma sociedade fortemente patriarcal. Posteriormente, o estudo avançou para uma análise comparativa entre essas obras, evidenciando as diferenças culturais e os desafios de gênero enfrentados em ambos os contextos. O estudo foi ampliado com a inclusão da obra “Lugar de Fala”, de Djamila Ribeiro, que trouxe à tona discussões sobre interseccionalidade e representatividade, ressaltando a importância de se considerar as múltiplas camadas de opressão que afetam as mulheres em diferentes partes do mundo. A metodologia consistiu na leitura e análise crítica das obras selecionadas, seguida de uma discussão comparativa para identificar pontos de convergência e contraste entre os contextos feministas abordados. Os resultados mostram que, embora os desafios sejam distintos, tanto Adichie quanto Bertotti sublinham a educação, seja formal ou informal, e a reavaliação das tradições culturais como ferramentas essenciais para a promoção da igualdade de gênero. A conclusão reforça a relevância de adaptar os princípios feministas às especificidades culturais de cada sociedade, reconhecendo as limitações e potencialidades de cada contexto, além de valorizar a importância de ouvir as vozes das próprias mulheres nas suas respectivas realidades, conforme discutido por Ribeiro.