EVASÃO E ABANDONO ESCOLAR NO ENSINO MÉDIO DO IFGOIÁS

Resumo

Este artigo realiza uma análise descritiva sobre evasão e abandono escolar no ensino médio técnico integrado nos câmpus do Instituto Federal de Goiás (IFG), abordando causas e impactos. A evasão, que envolve a saída definitiva do sistema educacional, e o abandono, caracterizado pelo afastamento temporário com possível retorno, são questões críticas na educação brasileira, com implicações tanto no desenvolvimento acadêmico e pessoal dos estudantes quanto na sociedade, gerando desvantagens econômicas e sociais relevantes. A análise utiliza dados das plataformas Visão IFG, Plataforma Nilo Peçanha (PNP) e INEP, cobrindo o período de 2019 a 2023. O estudo revela que, apesar do aumento nas matrículas dos cursos técnicos integrados, a partir de 2021, impulsionado pelo sorteio como método de seleção, houve um aumento significativo nas taxas de evasão, especialmente em 2022 e 2023, período marcado pelos efeitos da pandemia de COVID-19. A crise sanitária evidenciou desigualdades digitais que agravaram a evasão, uma vez que muitos alunos tiveram dificuldades no acesso às tecnologias essenciais para o Ensino Remoto Emergencial (ERE). Além disso, fatores econômicos, falta de apoio familiar e políticas públicas ineficazes contribuíram para o problema. O estudo também examina os impactos socioeconômicos da interrupção dos estudos, destacando o aumento da desigualdade social e a limitação de oportunidades no mercado de trabalho, perpetuando um ciclo de precariedade. Como soluções, o artigo propõe medidas como intervenção precoce, currículos mais relevantes, suporte psicossocial e políticas públicas inclusivas, com o objetivo de reduzir a evasão e o abandono escolar, especialmente em contextos de vulnerabilidade. Enfatiza-se a importância de uma ação coordenada entre governo, escolas, famílias e sociedade para combater a evasão de forma eficaz e sustentável, promovendo a inclusão educacional e melhorando as perspectivas dos jovens brasileiros.