Músicas (não) compostas por Diana em seu álbum de 1978: discurso de uma nova mulher

Resumo

Na década de 70, há ainda um cenário bastante machista e sexista. Porém, nos anos 80, começaram a surgir, segundo Manini (1996, p. 56), enfoques voltados à “realidade das mulheres em sua relação com o sujeito masculino e a família”, de modo que o disco “Diana (1978)”, pela proximidade com essa década, incitou-nos a investigar, em termos de efeitos de sentido, vestígios de uma “nova mulher”, possivelmente decorrente de (certas) conquistas do feminismo. Assim, objetivamos analisar a possível relação entre efeitos de sentido de dizeres nas músicas do disco e a construção discursiva de uma “nova mulher”, tendo como fundamentação teórica estudos sobre o feminismo, como hooks (2019), Manini (1996), entre outros, e a Análise de Discurso (AD), por Pêcheux (1993) e Orlandi (2005). Essa análise envolve a análise de possíveis lutas pela emancipação da mulher, a qual é, segundo hooks (2019), muitas vezes, frustrada, em decorrência do patriarcado, o que nos faz pensar que as conquistas feministas estão sempre em risco.