INFLUÊNCIA DA PANDEMIA DE COVID-19 NA IPCS EM NEONATOS CRÍTICOS - UMA REVISÃO INTEGRATIVA.
Palavras-chave:
infecções relacionadas a catéter, unidades de terapia intensiva neonatal, infecção hospitalarResumo
A Infecção Primária da Corrente Sanguínea (IPCS) Associada ao Cateter Venoso Central (CVC) é a principal topografia de infecção relacionada à assistência à saúde em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN). Neste cenário, considerando a magnitude dos fatores de risco, a diversidade de situações do ponto de vista clínico e institucional, é imprescindível a identificação dos microrganismos e a manutenção do PICC biologicamente seguro. Cabe ressaltar que estes pacientes além da condição clínica desfavoráveis estão submetidos progressivamente a influências do ambiente hospitalar, em particular da UTI. Assim, este estudo teve por objetivo avaliar artigos publicados antes e após o início da pandemia de COVID-19 que abordem a ocorrência de IPCS associada ao cateter de PICC em neonatos em cuidados intensivos. Para o desenvolvimento da pesquisa, foi seguido um percurso em seis etapas, a saber: 1) elaboração da questão de pesquisa; 2) definição da base de dados e critérios de inclusão e exclusão dos estudos; 3) definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados; 4) avaliação dos estudos incluídos; 5) interpretação dos resultados; 6) apresentação da síntese do conhecimento. Os artigos incluídos nesta pesquisa mostram que a maioria dos neonatos participantes das pesquisas apresentavam baixo peso ao nascer, necessitavam do uso de um dispositivo intravascular para a realização de nutrição parenteral e/ou utilização de medicamentos, e que quanto maior o tempo de uso do cateter, maiores são as chances da ocorrência de uma IPCS. Além disso, as bactérias gram-positivas, como os Staphylococcus spp, foram as mais predominantes, seguidas das bactérias gram-negativas, como Klebsiella spp. A vigilância epidemiológica relacionada ao uso do PICC, sobretudo nas UTINs possibilitam estabelecer estratégias e metas que visam reduzir os eventos adversos. Nesse sentido, compreender a incidência dos principais microrganismos, assim como o padrão de resistência aos antimicrobianos, pode ajudar na definição de alvos para os programas de manejo desses medicamentos e fornecer melhores orientações de prevenção dessas infecções.