AS IDENTIDADES TECNOLÓGICAS DO PÚBLICO EJA DO INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS, CAMPUS FORMOSA

Autores

  • Ketlen Miranda de Jesus Costa
  • Uyara Ferreira Silva

Palavras-chave:

segregação digital, educação de jovens e adultos, barreiras tecnológicas, vulnerabilidade econômica, alfabetização digital

Resumo

Embora a era digital esteja inserida no nosso cotidiano social, alguns grupos enfrentam dificuldades significativas no acesso a tecnologias, como idosos, não alfabetizados  e indivíduos com dificuldade de adaptação.  Esses grupos frequentemente se encontram em uma situação de segregação digital alarmante. Destacando o grupo educacional da Educação de Jovens e Adultos (EJA).Os avanços tecnológicos tornam o manuseio de ferramentas digitais imprescindíveis nas diversas áreas do conhecimento, como medicina, educação e todas as outras. Também é percebido um aumento significativo em atividades cotidianas, como o uso de aplicativos de bancos, redes sociais, sistemas empresariais e outros. No entanto, acompanhar esses avanços tecnológicos representa um grande desafio para uma parcela específica da sociedade, especialmente estudantes de cursos EJA (Educação de Jovens e Adultos). Por meio de uma RSL (revisão sistemática da literatura) foram levantados e discutidos os principais problemas apontados na bibliografia. Um questionário foi aplicado nos cursos EJA do IFG (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás)-Campus Formosa, para a confluência das principais dificuldades enfrentadas por este público.  A análise feita na RSL e as respostas do questionário ratificam problemas como a barreira da tecnologia, a vulnerabilidade econômica, a maternidade e a assimetria de gênero.    Com base na análise dos dados coletados através do questionário, foi possível concluir que as barreiras tecnológicas enfrentadas pelos estudantes da EJA do IFG Campus Formosa têm um impacto significativo em suas interações sociais, participações acadêmicas e cívicas. Parte considerável dos estudantes relatou insegurança em relação ao uso e aprendizado de tecnologias digitais, o que limita suas oportunidades de inclusão e desenvolvimento. Além disso, questões familiares, gênero e classe social emergiram como fatores determinantes que dificultam a conclusão dos estudos. Esses obstáculos, especialmente relacionados a condições de vida e responsabilidades familiares, refletem desafios profundos enfrentados pelas mulheres, que se encontram em maior situação de vulnerabilidade. Outro ponto relevante observado foi o déficit de estudantes da EJA no campus, uma vez que, após passar por sete turmas, foram registrados apenas 21 respondentes, evidenciando uma possível evasão escolar nessa modalidade de ensino. Percebemos que os estudantes possuem sim dificuldades tecnológicas, mas por outro lado, a instituição de ensino poderia intervir com a implementação de um programa de capacitação voltado à alfabetização digital, com o objetivo de reduzir as barreiras tecnológicas enfrentadas por esses alunos. 

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Publicado

2025-07-11