A ESCRITA DA HISTÓRIA DO TEMPO PRESENTE E O ENSINO DE HISTÓRIA

Resumo

A reflexão proposta visa contribuir para o aprimoramento dos processos de ensino/pesquisa no âmbito do curso de Licenciatura em História do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia - Campus Goiânia. Tendo como escopo fundamental fornecer aos estudantes subsídios para a utilização das linguagens artísticas como instrumentos didáticos que promovam a articulação entre procedimentos teóricos, metodológicos e os conteúdos disciplinares de História, visando às possibilidades da pesquisa/ensino refletir sobre os problemas sociais. Deste modo, refletir sobre o papel do professor e do ensino de história é impossível não o pensar como prática social, pois o conhecimento, que é sua matéria-prima, não está dissociado das contradições e embates do contexto que o gera e o legitima. É justamente pensando sobre estas relações, a saber, teoria/ prática no ensino; passado/ presente na sala de aula – as quais nos remetem diretamente para a formação de professores. Propor a utilização das linguagens artísticas (Cinema, Teatro e Literatura) no curso de formação de professores não é simplesmente mostrar “novos” recursos pedagógicos para o ensino da disciplina, mas evidenciar que cada época, com seus anseios e valores, traz à tona grandes transformações nos campos da ação e do conhecimento humanos. Pensar o papel da arte em meio a tantas mudanças nos fornece subsídios para lançar os olhares sobre a própria sociedade. A busca desta “explicação” mostra consequentemente uma série de possibilidades pedagógicas que enriquecem de maneira qualitativa o uso do material a ser utilizado. Assim, independentemente de a linguagem focar no cinema, na literatura, ou no teatro não se pode perder de vista a necessária articulação entre a forma (a linguagem do próprio objeto) e o conteúdo (ideia/tema que veicula). Compreender a historicidade inerente aos objetos artísticos em sua dimensão didática e pedagógica permite lançar novos olhares também sobre a própria função da academia, estando esta não imune aos diálogos entre pesquisadores, professores e sociedade.