CONHECIMENTO DE ESTUDANTES ACERCA DAS AÇÕES INSTITUCIONAIS E POLÍTICAS DE SAÚDE MENTAL

Resumo

A saúde mental dos estudantes é uma questão de crescente relevância, especialmente no ensino médio, quando enfrentam desafios emocionais e acadêmicos, entretanto, pouco se sabe sobre como os alunos percebem e utilizam os recursos disponíveis para apoiar sua saúde mental em um momento crítico de suas vidas.  Este estudo teve como objetivo investigar o conhecimento dos alunos do ensino médio técnico integrado do IFG - câmpus Goiânia Oeste sobre ações institucionais e políticas públicas de saúde mental. A pesquisa, de natureza observacional, foi realizada entre novembro de 2023 e abril de 2024, com 149 alunos, de 14 à 20 anos, respondendo a questionários via Google Forms. Os questionários abordaram questões sobre o conhecimento das ações institucionais e políticas públicas em saúde mental e as atitudes para acessar apoio à saúde mental. A pesquisa foi submetida e aprovada pelo comitê de ética em pesquisa do IFG.  Os resultados indicaram que 92,6% dos estudantes conhecem os recursos oferecidos pela escola para promoção da saúde mental, sendo o psicólogo o recurso mais citado (87,2%). No entanto, 57,7% dos alunos afirmaram não ter recebido apoio ou aconselhamento relacionado à saúde mental. Quanto à percepção do ambiente escolar, 37,6% consideram que a escola promove uma cultura positiva em relação à saúde mental, e 85,2% acham que o tema deveria ser mais discutido. Embora a maioria dos estudantes tenha conhecimento sobre os recursos institucionais, 67,1% desconhecem as políticas públicas de saúde mental no Brasil, e 75,8% não sabem onde buscar atendimento especializado fora do ambiente escolar. O estudo concluiu que os estudantes do ensino médio técnico integrado no IFG – câmpus Goiânia Oeste têm conhecimento limitado sobre as políticas públicas de saúde mental e ações institucionais disponíveis. Embora muitos reconheçam recursos como a Coordenação de Assistência Estudantil e a presença de psicólogo no câmpus, ainda há lacunas significativas no entendimento desses serviços e do Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa aponta dificuldades de acesso ao apoio psicológico e destaca a necessidade de uma comunicação mais eficaz sobre os recursos existentes. Para melhorar o bem-estar dos alunos, é essencial intensificar ações educativas e incluir discussões sobre saúde mental no currículo escolar. Esses resultados evidenciam a necessidade de maior divulgação e educação sobre o tema, tanto no contexto escolar quanto fora dele.