HEROÍNAS: A REPRESENTAÇÃO DA FIGURA FEMININA NEGRA NAS GRAPHIC NOVELS ANGOLA JANGA E CUMBE, DE MARCELO D’SALETE.

Autores

  • Vitória Ellen Oliveira da Cruz Universidade Federal de Jataí

Resumo

A construção de personagens negras nas histórias em quadrinhos sofreu, durante anos, uma modificação imagética, uma hipersexualização e estereotipação de corpos, além da construção de características e personalidades voltadas a representa-las com falta de inteligência e agência. Dito isso, O intuito desta pesquisa é analisar de forma crítica e comparativa a representação, construção e protagonismo das personagens femininas negras nas graphic novel, Angola Janga (2017) e Cumbe (2014), do autor brasileiro Marcelo D’Salete. O objetivo principal da análise é apresentar a forma como as novelas gráficas, que fazem parte de um tipo de texto literário com pouca visibilidade e que ocupa um local de menos prestígio dentro da Literatura, representam mulheres negras por meio de uma construção narrativa que proporciona outra forma de apresentação e construção de suas subjetividades e corpos. Em ambas novelas gráficas, através da construção das personagens femininas, D’Salete se contrapõe e se distancia dos autores e ilustradores antigos, que representaram essas figuras envolta de um discurso racista e misógino. Por meio da forma como aparecem nas narrativas, as personagens negras podem ser consideradas heroínas, por serem pessoas reais e integrantes de uma sociedade escravista, que buscaram a autonomia e sobrevivência da comunidade de escravizados.

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Publicado

02.10.2023

Como Citar

OLIVEIRA DA CRUZ, V. E. HEROÍNAS: A REPRESENTAÇÃO DA FIGURA FEMININA NEGRA NAS GRAPHIC NOVELS ANGOLA JANGA E CUMBE, DE MARCELO D’SALETE. Anais da Semana de Licenciatura, Jataí, v. 1, n. 1, p. 136–147, 2023. Disponível em: https://periodicos.ifg.edu.br/index.php/semlic/article/view/597. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Linguagem, Cultura, Sociedade