Vozes de autoras brasileiras indígenas em ambiente virtual
Palavras-chave:
Autoras brasileiras indígenas, Interação social no ambiente virtual, Enquadres e alinhamentos sociais, Inclusão e visibilidade, Negociação de sentidos textuaisResumo
Pare, concentre-se e imagine rapidamente qualquer autora brasileira indígena? Na memória, logo podem vir facilmente nomes de escritoras consagradas de nossa literatura (Cora Coralina, Clarice Lispector, por exemplo) e que conquistaram o seu merecido lugar no cânone na literatura brasileira. Mas, será se alguma autora brasileira indígena seria lembrada de imediato? Como o enquadre e o alinhamento de representatividade social delas estão, de fato, na própria organização social? Por mais que tenhamos mulheres escritoras no cânone literário, percebemos, no entanto, a necessidade de valorizar a pluralidade literária e a expressão do outro pela representação de escritoras indígenas. Ações em favor delas, aliadas aos recursos tecnológicos, podem promover mudanças na sociedade em relação ao espaço de conquistas das autoras indígenas com suas vozes de pertencimento, mas, que ainda, precisam ser ouvidas mais e mais. Assim, estudos sociolinguísticos, sociocognitivos e da linguística textual (COSTA, 2019, por exemplo) pontuam a necessidade de se pensar na representação que há nas relações sociais em consonância com o entendimento de língua/cultura na sociedade por meio da tecnologia, sobretudo porque nossas vozes se somam às vozes de nossos pares. Assim, este estudo objetivou promover, remotamente, a inclusão e a visibilidade de três mulheres indígenas brasileiras e residentes no Brasil: Telma Tremembé, Márcia Kambeba e Eunice Tapuia.