O "GIRO ESTÉTICO DECOLONIAL" EM O MUNDO SE DESPEDAÇA, DE CHINUA ACHEBE
Palavras-chave:
Chinua Achebe, Literatura africana, Giro estético decolonialResumo
Este artigo analisa a obra literária O mundo se despedaça (2009), criação artística que inicia o escritor e ativista político Chinua Achebe no universo da literatura moderna nigeriana, a fim de apresentar aspectos histórico-culturais presentes nesse romance. Para tanto, essa análise parte da perspectiva teórico-metodológica pós-colonial e decolonial, em diálogo com Stuart Hall, Homi Bhabha, Frantz Fanon, Aimé Césaire, mas também Aníbal Quijano, Enrique Dussel, Ramón Grosfoguel, Nelson Maldonado-Torres, e outros nomes como Chimamanda Adichie e Luciana Ballestrin. Ainda de grande importância são as inferências que Cláudia Mortari, Alessandra Chagas, entre outras, fazem da literatura de Achebe. Epistemologicamente, as contribuições do Grupo Modernidade/Colonialidade são fundamentais neste trabalho. Como são imprescindíveis a noção de “colonialidade do poder” (QUIJANO, 1992; 2005) e, especialmente, as categorias “giro estético decolonial” e “atitude decolonial” (MALDONADO-TORRES, 2020). Assim como é indispensável o entendimento de que devemos combater o perigo de uma história única (ADICHIE, 2019). Portanto, o que apresentamos neste artigo, inscreve-se no contexto de outras tentativas de resgate, preservação e fortalecimento de parte da memória histórico-cultural africana.