Recuperação de áreas degradadas no Brasil:

conceito, história e perspectivas

Autores

  • Kárita de Jesus Boaventura Universidade Estadual de Goiás (UEG)
  • Élida Lúcia da Cunha Universidade Estadual de Goiás (UEG)
  • Sandro Dutra e Silva Universidade Estadual de Goiás (UEG) /Unievangélica

Resumo

Observando os problemas ambientais que assolam o planeta, e sentindo diariamente suas consequências, tem-se como de extrema importância a recuperação de áreas degradadas na contemporaneidade. Diante do exposto, o presente trabalho objetiva analisar como a recuperação de áreas degradadas tem sido tratada no Brasil, desde sua origem na história nacional até a atualidade, e as perspectivas para essa prática no futuro. Concluiu-se que o processo de degradação no Brasil é tão antigo quanto a sua própria história, assim como a preocupação pela recuperação e preservação, em alguns setores, levando em consideração a história contada pelos europeus; que o processo de recuperação é importante e necessário; que há técnicas eficazes para tanto como, por exemplo, a nucleação, transposição do banco de sementes, poleiros naturais ou artificiais, transplante de plântulas, estaquia, semeadura direta, plantio de mudas, adubação verde, plantio de espécies nativas e a utilização de fungos micorrizados arbusculares; e que existe uma política revestida de leis e decretos para assegurar a teoria e a legalidade disso. Entretanto, conclui-se também que, enquanto a recuperação ameaçar o lucro dos grandes latifundiários, ou do próprio governo, tudo ficará só na teoria, ou até poderá entrar em vigor, todavia, com resultados inexpressivos, se considerado o tamanho da necessidade de execução.

Biografia do Autor

Kárita de Jesus Boaventura, Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Possui Licenciatura e Bacharelado em História pela Universidade Federal de Goiás, Especialização em História Nacional Regional e Local pela Universidade Federal de Goiás, Especialização em Métodos e Técnicas de Ensino pela Universidade Salgado de Oliveira, Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Goiás, Mestrado em Ensino de Ciências pelo Programa de Pós-graduação no Mestrado Profissional em Ensino de Ciências pela Universidade Estadual de Goiás e, Doutorado em Recursos Naturais do Cerrado pelo Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais do Cerrado pela Universidade Estadual de Goiás. Tem experiência na área de História, Ciências Biológicas e Educação nos níveis de educação básica e ensino superior.

Élida Lúcia da Cunha, Universidade Estadual de Goiás (UEG)

Mestre em Recursos Naturais do Cerrado - RENAC pela Universidade Estadual de Goiás - UEG (2019), Especialista em Educação Ambiental e Sanitária pela Universidade Católica de Anápolis (2012) e graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Goiás (2011). Atualmente Professora de Biologia no Colégio Impacto de Porangatu. Ênfase na área de biologia geral.

Sandro Dutra e Silva, Universidade Estadual de Goiás (UEG) /Unievangélica

Sandro Dutra e Silva tem licenciatura em História pela Universidade Estadual de Goiás, mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Goiás e doutorado em História Social pela Universidade de Brasília. Tem estágio de Pós-Doutorado pela Universidade de Brasília e pela University of California, Los Angeles. De 2105 a 2016, ele atuou como Visiting Researcher na University of California, Los Angeles. Professor Titular na Universidade Evangélica de Goiás, e professor efetivo na Universidade Estadual de Goiás, atuando nos Programas de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (mestrado e doutorado) nas duas universidades. Desenvolve pesquisas na área de História Ambiental, com ênfase na expansão da fronteira agropecuária no Brasil Central. Sua pesquisa envolve estudos relacionados à ocupação histórica do bioma Cerrado, com ênfase na Colonização, Migração, Revolução Verde no Cerrado, Desenvolvimento Agronômico do Bioma Cerrado, Instituições Agropecuárias no Cerrado, Fronteira da Soja, Desmatamento e Histórias Animais no Bioma Cerrado . É editor-chefe da revista HALAC - Historia Ambiental Latinoamericana y Caribeña, a revista científica da Sociedade Latinoamericana y Caribeña de Historia Ambiental (SOLCHA). Ele também é Editor Adjunto da revista Ambiente & Sociedade, revista científica da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade. Membro do Conselho de Administração da SOLCHA (2018-2020). É membro titular da American Society for Environmental History - ASEH e da Associação Nacional de História - ANPUH. É Membro Titular do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG), Cátedra 49. Membro Fundador da Sociedade Goiana de História da Agricultura, cátedra 01. Atualmente, é Pró-Reitor de Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão e Ação Comunitária da Universidade Evangélica de Goiás. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq 2. Um dos organizadores da coletânea de História Ambiental, volumes I, II e III (Garamond, Rio de Janeiro) e autor do livro "No Oeste, a terra e o céu: a expansão da fronteira agrícola no Brasil Central" (Mauad X: Rio de Janeiro).

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Publicado

28.06.2019

Como Citar

de Jesus Boaventura, K., Lúcia da Cunha, Élida, & Dutra e Silva, S. (2019). Recuperação de áreas degradadas no Brasil:: conceito, história e perspectivas. Revista Tecnia, 4(1), 135–155. Recuperado de https://periodicos.ifg.edu.br/tecnia/article/view/1041

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra