BASES DE DADOS E HISTORIOGRAFIA ATLÂNTICA
UMA LEITURA A PARTIR DOS REPOSITÓRIOS BRASILHIS DATABASE E SLAVE VOYAGES
DOI:
https://doi.org/10.59616/cehd.v2i9.2753Palavras-chave:
TICs, História Atlântica, Base de DadosResumo
Nas últimas décadas, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) transformaram significativamente a forma como produzimos e acessamos o conhecimento histórico. A digitalização de acervos e a criação de plataformas especializadas tornaram-se recursos importantes para a pesquisa em História. Nessa pesquisa, buscamos refletir sobre o uso das bases de dados digitais na pesquisa histórica, com ênfase na História do Atlântico, particularmente no período da União Ibérica (1580–1640), analisando dois repositórios de destaque: a Brasilhis Database e o Slave Voyages. A Brasilhis reúne informações sobre a América Portuguesa durante a monarquia dos Habsburgo (1580–1640), mapeando os trânsitos de indivíduos entre os territórios da América, e evidenciando as redes políticas, comerciais e religiosas do período. Já o Slave Voyages compila dados sobre o tráfico atlântico de africanos escravizados, permitindo o acesso a registros sobre o trânsito de mais de 12 milhões de pessoas envolvidas nesse processo. O objetivo é compreender como essas bases, ao organizar e cruzar dados sobre mobilidades e conexões atlânticas, contribuem para renovar a pesquisa histórica.
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