A EXTREMA DIREITA E OS MEMES DE CAVALEIROS MEDIEVAIS: POSSÍVEIS IMPACTOS NO ENSINO DE HISTÓRIA MEDIEVAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.59616/cehd.v1i03.316

Palavras-chave:

Extrema direita, Memes, Cavaleiros medievais, Ensino de História

Resumo

O presente texto representa as reflexões inseridas no contexto de uma pesquisa no âmbito do ProfHistória/UFNT, que se propõe a analisar como os memes de internet com temática de cavaleiros medievais podem interferir na construção do conhecimento histórico dos estudantes do Ensino Médio acerca do medievo Ao utilizar referências medievais, a extrema direita brasileira se apropria desse imaginário e tais apropriações são representadas de diversas formas, mas uma em específico chama a atenção: os memes de internet (CHAGAS, 2020). Desta forma, busca-se identificar as possibilidades de atuação do ensino de História nesse contexto marcado pelo uso do passado medieval por grupos de extrema direita em ambientes digitais (em específico as redes sociais).

Biografia do Autor

Núbia Challine de Oliveira Coelho, Universidade Federal do Norte do Tocantins/UFNT

Discente matriculada no Programa de Pós-Graduação em Ensino de História (ProfHistória UFRJ), campus UFNT. Possui graduação em História pela Universidade Federal de São João Del-Rei (2007) e pós-graduação Lato Sensu em Políticas Públicas pela Fundação Universidade do Tocantins(2010). Atualmente é professora história do Centro de Ensino Médio Tiradentes. Tem experiência na área de História, com ênfase em História, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de História, memes, História Digital,  medievalismo e neomedievalismo.

Referências

ANDRADE, D. E. Redes sociais digitais: um novo horizonte de pesquisas para a História do tempo presente. In.: BARROS, José D’Assunção. História digital: a historiografia diante dos recursos e demandas de um novo tempo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2022.

ARAÚJO, E. R. Usos de memes de internet na aprendizagem histórica: uma proposta para a educação étnico-racial desenvolvida no centro de ensino Fortunato Moreira Neto, em Porto Franco - MA. 2020. Dissertação (Mestrado em Rede Ensino de História) – Universidade Federal do Tocantins, Programa do Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória), Araguaína, 2020. Disponível em: https://profhistoria.com.br/articles?terms=memes. Acesso em 03 ago 2022.

ARAÚJO, J. X. de. Memes: a linguagem da diversão na internet. Análise dos aspectos simbólicos e sociais dos Rage Comics. 86 pps. Monografia final do curso de Comunicação Social/Jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2012.

BARROS, J. D’A. Revolução digital, sociedade digital e História. In: BARROS, J. D’A. (org). Historiografia Digital: a historiografia diante dos recursos e demandas de um novo tempo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2022.

BITTENCOURT, C. F. Reflexões sobre o ensino de História. Estudos Avançados, v. 32, n. 93, p. 127–149, maio 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ea/a/WYqvqrhmppwbWpGVY47wWtp/?lang=pt#. Acesso em: 30 out. 2023.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 1996a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm . Acesso em: 02 abr. 2022.

______. Lei nº. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação –PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 de junho de 2014b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm . Acesso em: 02 de abr. 2022.

_______. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Documento homologado pela Portaria n° 1.570, publicada no D.O.U. de 21 de dezembro de 2017c, Seção 1, p. 146. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/historico/BNCC_EnsinoMedio_embaixa_site_110518.pdf. Acesso em: 02 de abr. 2022.

_____. Lei 13.415 de 16 de fevereiro de 2017d. Altera as Leis n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho -CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral.. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, 16 fev. 2017. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei-13415-16-fevereiro-2017-784336-publicacaooriginal-152003-pl.html >.Acesso em: 02 de abr. 2022d.

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

CHAGAS, V. A cultura dos memes [livro eletrônico]: aspectos sociológicos e dimensões políticas de um fenômeno do mundo digital. SciELO – EDUFBA, 2020.

______. O meme é o mundo. Revista Comunicação e Memória. Rio de Janeiro, n. 2, p. 74-83, jun., 2021. Disponível em: https://revistacm.memoriadaeletricidade.com.br/post?id=58. Acesso em: 25 mar. 2023.

COSTA, M. A. F. da. Ensino de História e historiografia escolar digital. Curitiba: CRV, 2021.

DAWKINS, R. O homem e a ciência: o gene egoísta. Belo Horizonte: Itatiaia, 1979.

FONSECA, T. N. de L. e. História e ensino de história. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.

KNOBEL, M.; LANKSHEAR, C. Memes on-line, afinidades e produção cultural (2007-2018). In: CHAGAS, V. A cultura dos memes: aspectos sociológicos e dimensões políticas de um fenômeno do mundo digital. SciELO – EDUFBA, 2020. Edição do Kindle.

LÖWY, M. Conservadorismo e extrema-direita na Europa e no Brasil. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 124, p. 652-664, out./dez. 2015.

NADAI, E. Ensino de história no Brasil: trajetória e perspectiva. Revista Brasileira de História. 1 v. 13, n.25/6, p. 143- 162, 1993.

MORAIS, A. R. A. de. O discurso político da extrema-direita brasileira na atualidade. Cadernos de Linguagem e Sociedade, 20(1), 152–172, abr. 2019.

ROVAI, M. G. de O. História pública: um desafio democrático aos historiadores. In: REIS, Tiago Siqueira et al. Coleção história do tempo presente. V. II. Boa Vista: Editora da UFRR, 2020.

RÜSEN, J. Razão Histórica: teoria da história – os fundamentos da ciência histórica. Brasília: Ed. UnB, 2001.

RÜSEN, J. Aprendizado histórico. In: SCHMIDT, Maria Auxiliadora (et.al). Jörn Rüsen e o ensino de História. Curitiba: Ed. UFPR, 2010.

SCHMIDT, M. A. M. dos S. História do ensino de história no Brasil: uma proposta de periodização. Revista História da Educação - RHE Porto Alegre v. 16, n. 37, Maio/ago. p. 73-9, 2012.

SHIFMAN, L. Uma biografia telegráfica de um encrenqueiro conceitual. In: CHAGAS, V. A cultura dos memes [livro eletrônico]: aspectos sociológicos e dimensões políticas de um fenômeno do mundo digital. Salvador: EDUFBA, 2020.

SILVA, L. C. Bolsowave: o Gênero Discursivo Meme e a Estética Vaporwave cooptados pelo bolsonarismo. 145p. Dissertação (mestrado). Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências Humanas e da Educação, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2022.

VITORIA, B. Z. Sobre memes e mimimi: Letramento histórico e midiático no contexto do conservadorismo e intolerância nas redes sociais. 2019. Dissertação (Mestrado em Rede Ensino de História) – Universidade Federal de Santa Catarina, Programa do Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória), Florianópolis, 2019. Disponível em: https://profhistoria.com.br/articles?terms=memes. Acesso em 03 ago 2022.

Downloads

Publicado

2023-12-04

Como Citar

de Oliveira Coelho, N. C. (2023). A EXTREMA DIREITA E OS MEMES DE CAVALEIROS MEDIEVAIS: POSSÍVEIS IMPACTOS NO ENSINO DE HISTÓRIA MEDIEVAL. Convergências: Estudos Em Humanidades Digitais, 1(03), 437–455. https://doi.org/10.59616/cehd.v1i03.316

Edição

Seção

Anais do I Congresso Internacional de Humanidades Digitais, Cultura e Ensino, juntamente com o II Simpósio Nacional de Mídias, Tecnologias e História