FILME RADIOACTIVE
QUESTÕES DE VIDA E MORTE NO CAMPO DAS CIÊNCIAS
Palavras-chave:
Educação, Estudos culturais, Ciências, Morte, Pedagogias CulturaisResumo
O presente ensaio tem por objetivo traçar considerações acerca da morte e seus atravessamentos com as ciências e as pedagogias culturais no filme Radioactive. Para análise foi empregada uma leitura hermenêutica do filme articulada em três referenciais teóricos: as bases dos estudos discursivos de Michel Foucault, as reflexões acerca das pedagogias culturais e as reflexões acerca da morte e do luto em Judith Butler. A partir de nossa hermenêutica triádica, mostramos que a questão da morte pode ser evidenciada a partir de quatro eixos analíticos-interpretativos: i) A morte enquanto mistério, algo a não ser dito, que não se conhece, a ser guardado e escondido em nome da vida; ii) A morte enquanto a perda de um Outro, representada no filme a partir da perda de Pierre Curie; iii) A morte enquanto elemento de potencialização da vida, em que vemos o contato de Marie Curie com elementos radioativos que ao mesmo tempo potencializavam sua vida, sua carreira e a dava representatividade e a matava; e iv) A morte enquanto continuidade na vida, na qual é possível evidenciar a continuidade dos Curie na memória dos Outros e na produção de pensamentos e contribuições na elaboração de saberes científicos.