Peças teatrais como recurso metodológico no ensino de termodinâmica

Autores

  • Flomar Ambrosina Oliveira Chagas Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFG)
  • Luciana Cândido e Silva Colégio Dinâmico - Jataí/GO

Palavras-chave:

Termodinâmica, Obstáculos epistemológicos, Ensino-aprendizagem

Resumo

Esta pesquisa qualitativa etnográfica da prática escolar desenvolvida no programa de pós-graduação do IFG, Câmpus Jataí, teve como objetivo verificar, a partir de peças teatrais, se alunos do terceiro ano do ensino médio de uma escola pública de tempo integral, superariam obstáculos epistemológicos construídos em seu cotidiano. O referencial teórico fundamentou-se na teoria dos obstáculos epistemológicos de Bachelard para responder a questão: Será possível romper obstáculos epistemológicos referentes à termodinâmica a partir da criação e da apresentação de peças teatrais integrando Arte e Ciência? A investigação revelou a presença de obstáculos epistemológicos que não foram superados com a criação e a apresentação das peças teatrais, mostrou que o teatro por si só não constituiu um instrumento para a superação dos obstáculos epistemológicos, porém contribuiu para avanços no aprendizado dos alunos. É uma excelente ferramenta de trabalho em grupo, mas para que ocorra a superação de obstáculos epistemológicos é necessário que se disponha de atividades integradas a ele, que possibilitem a pesquisa por parte dos alunos. Assim, o teatro deve passar a ser mais um instrumento utilizado pelos professores, em seu cotidiano, na busca pela construção do conhecimento dos discentes. 

Biografia do Autor

Flomar Ambrosina Oliveira Chagas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFG)

Possui doutorado (2010) e mestrado em Educação (2001) pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás/PUC/GO, graduada em Letras Modernas Português/ Inglês pela Universidade de Rio Verde/GO (1981), professora/orientadora no Programa de Pós-Graduação em Educação para Ciências e Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFG) Câmpus Jataí, sócia individual da SBPC, da ANFOPE, da ANPAE, da ANPED , filiada ao SINASEFE, membro da Associação dos Amigos do Museu Histórico Francisco Honório de Campos de Jataí e membro da diretoria da Associação dos Amigos do MAC/Jataí. Membro da Sociedade Ecológica de Jataí-SEJA. Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Educação e Ensino de Ciências e Matemática (Nepecim). Membro Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás: IHGG. Membro da Comissão Científica do Congresso Ibero-Americano em Investigação Qualitativa desde 2016. Coautora de livros literários publicados pela Andross/SP e All Printed/RJ Editoras. Tem experiência na área de Letras interconexão com Educação com ênfase em Língua Portuguesa, Ensino de Ciências e de Matemática, atuando com a temática: biblioteca, leitura, gênero, ensino e aprendizagem, educação ambiental. Vice-Presidente da Associação dos Amigos do Museus de Arte Contemporânea de Jataí-AAMAC - 20120/2022. Vice-Coordenadora da Anfope/Goiás (biênio 2021-2023). Membro do Comitê Científico do IFG de 2011 a 2013, Coordenadora Institucional do Pibid/IFG 2011 a março de 2013, orientadora no programa de Iniciação Científica de 2011 a 2013.

Luciana Cândido e Silva, Colégio Dinâmico - Jataí/GO

Possui graduação em Licenciatura Plena em Física - Intituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (2008) e especialização em Educação Interdisciplinar - Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (2011); É pós graduada em Formação em Educação à Distância pela Universidade Paulista (2011) e pós graduação em Ensino de Ciências e Matemática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - Câmpus Jataí (2012). Atualmente é professora no Colégio Dinâmico em Jataí/GO, trabalhando com as disciplinas de Matemática e Ciências da Natureza no Ensino Fundamental I. É Mestre em Educação para Ciências e Matemática pelo Instituto Federal de educação Ciência e Tecnologia de Goiás - Campus Jataí (2014).

Referências

ANDRÉ, M.E.D.A. Etnografia da prática escolar. 14. ed. Campinas: Papirus, 2008.

BACHELARD, G. A formação do espírito científico: contribuição para uma psicanálise do conhecimento. Trad. Estela dos Santos Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Resolução n. 2, de 30 de janeiro 2012. . Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais: Física (PCN+). Brasília: MEC, 2002.

CARVALHO, S.H.M. Física, astronomia, teatro, dança, ciência e arte. Física na Escola, v. 7, n. 1, 2006.

COÊLHO, I.M.; GED, G. Educação, escola e formação. Interação, Goiânia, v. 37, n. 2, p. 323–339, jul./dez. 2012.

CORREIA, J.J.; LIMA, L.S.; MAGALHÃES, L.D. Obstáculos epistemológicos e o conceito de calor. Sitientibus: Série Ciências Físicas, v.4, p. 1–10, 2008.

DIOGO, R.C. A aprendizagem de ondas sonoras sob a ótica de desafios em um ambiente virtual potencialmente significativo. 2008. 297 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Centro de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campo Grande. 2008.

ISKANDAR, J.I.; LEAL, M.R. Sobre positivismo e educação. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 3, n. 7, p. 89–94, set./dez. 2002.

LEITE, A.E. O livro didático de física e a formação de professores: passos e descompassos. 2013. 214f. Tese (Doutorado em Educação) – Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2013.

LÜDKE, M.; ANDRÉ, M.E.D.A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MARTINS, A.F.P. Concepções de estudantes acerca do conceito de tempo: uma análise à luz da epistemologia de Gaston Bachelard. 2004. 215 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.

MEDINA, M.; BRAGA, M. O teatro como ferra- menta de aprendizagem da Física e a problematização da natureza da ciência. Caderno Brasi- leiro de Ensino de Física, v. 27, n. 2: p. 313–333, ago. 2010.

MOREIRA, H.; CALEFFE, L.G. Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2008.

OLIVEIRA, N.; ZANETIC, J. A presença do teatro no ensino de física. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM ENSINO DE FÍSICA, 9., 2004, Jaboticatubas. Anais… Jaboticatubas: Sociedade Brasi- leira de Física, 2004.

PALMA, C. Arte e ciência no palco. Entrevista concedida a Luisa Massarani e Carla Almeida. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, v. 13, p. 233–46, out. 2006.

PIETROCOLA, M. Curiosidade e imaginação: os caminhos do conhecimento nas ciências, nas artes e no ensino. In: Carvalho, A.M.P. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Thomson, 2004. p. 119–133.

SILVA, E.T. Ciência, leitura e escola. In: ALMEI- DA, M.J.P.M. de; SILVA, H.C. da (Orgs.). Linguagens, leituras e ensino de Ciência. Campinas: Mercado de Letras: Associação de Leitura do Brasil (ALB), 2007.

SILVA, O.H.M.; LABURÚ, C.E.; NARDI, R. Reflexões para subsidiar discussões sobre o conceito de calor na sala de aula. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 25, n. 3, p. 383–396, dez. 2008.

SOARES, M. O livro didático e a escolarização da leitura. 2010. Disponível em: <http://www.ufmt.br/instfis/textuais/escolariza.doc>. Acesso em: 10 ago. 2014.

TESTONI, L.A. História em quadrinhos e ensino de Física: uma proposta para o ensino sobre inércia. In: ENCONTRO DE PESQUISA EM ENSINO DE FÍSICA, 9., 2004, Jaboticatubas. Anais… Jaboticatubas: Sociedade Brasileira de Física, 2004.

Downloads

Publicado

30.12.2016

Como Citar

Ambrosina Oliveira Chagas, F., & Cândido e Silva, L. (2016). Peças teatrais como recurso metodológico no ensino de termodinâmica. Revista Tecnia, 1(2), 29–46. Recuperado de https://periodicos.ifg.edu.br/tecnia/article/view/872

Edição

Seção

Educação e Ensino