Vol. 6 No. 2 (2021): Revista Tecnia
De luto e esperanças têm-se feito nossos dias. São mais de 20 meses que o mundo convive com o sinal do limite da vida, dos projetos, das histórias, das conquistas e de tantas outras possibilidades de existência. A impermanência grita alto um alerta para buscarmos o sentido do que fazemos e para vivermos intensamente o momento e cultivarmos relações de amorosidade, de solidariedade, de cuidado com a fragilidade da vida e das relações.
Vidas em risco, a nossa, a dos animais, da floresta, dos biomas, dos povos originários, dos empobrecidos, dos negros e negras em sua maioria, o planeta está exalando morte por todos os lados.
A vida entrou num turbilhão. De forma desordenada e impetuosa temos sido envoltos pelo medo, pela insegurança, pela falta de perspectivas, pelo isolamento social, pela falta de um abraço, pelo desejo de retornar a um cotidiano anterior que sabíamos mais ou menos “dominar”. E nesse redemoinho de vida e de sentimentos, os de esperança, de resiliência e resistência se mesclam às paralisações vividas diante de tantas vidas ceifadas pela Covid-19 e pelo descaso das forças econômicas e políticas de nosso país.