Utilização da biomassa do endocarpo do Cajá (Spondias Mombin L.) para remoção de corante de efluentes aquosos

Resumo

Este trabalho investigou a adsorção do corante azul de metileno em adsorvente obtido a partir do resíduo do endocarpo do fruto do cajá (Spondias mombin L.) em sistema de banho finito. O biossorvente foi caracterizado por meio das técnicas de FTIR e Ponto de Carga Zero. A concentração residual do azul de metileno foi determinada por espectrofotometria na região do visível a 665 nm. Realizou-se ensaios de adsorção utilizando 100 mL de solução do corante sob agitação constante. Foram avaliados os efeitos de parâmetros operacionais como massa de adsorvente (1,0 – 5,0 g), pH (2,0 – 12,0) e agitação (20 – 50 rpm), por meio de um planejamento experimental composto central 2³ com 3 repetições no ponto central. Verificou-se que as melhores condições operacionais, utilizando-se uma concentração inicial de corante igual a 25 mg.L^-1, foram pH 7,0, massa de adsorvente de 3 g e agitação igual a 50 rpm, atingindo uma remoção de 95,95% do corante. Dados da cinética de adsorção do corante foram melhor representados pelo modelo de pseudo-segunda-ordem. Com relação ao equilíbrio de adsorção, o modelo de Langmuir apresentou boa concordância com os dados experimentais. O adsorvente apresentou Ponto de Carga Zero (pH_PCZ) em pH igual a 5,01, que é o pH no qual o sólido apresenta carga elétrica neutra em sua superfície.