Panorama do cenário da produção orgânica e a atuação da Emater no estado de Goiás

Authors

  • Carlos Eduardo Félix da Silva
  • Kássio Samay Ribeiro Tavares Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
  • Guilherme Resende Oliveira Universidade de Brasília (UnB)

Keywords:

Agropecuária, Produção orgânica, Agroecologia, Agricultura familiar

Abstract

Este estudo trata -se dá contextualização do cenário da produção orgânica no estado de Goiás e a atuação da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (EMATER) como ferramenta de fomento e difusão da mesma, atuando com atividades correlatas ao desenvolvimento rural sustentável, atendendo prioritariamente a agricultura familiar. O trabalho destaca a seguinte pergunta de pesquisa: “Qual o atual cenário da produção orgânica no estado de Goiás, e a atuação da Emater no fomento e difusão da mesma?”. Assim, a intenção de investigar essa questão baseou-se na seguinte hipótese: acredita-se que quando comparados os dados do Censo Agropecuário 2006 com o mais recente Censo Agropecuário 2017 do IBGE, possa ter um aumento significante em números de estabelecimentos que realizam práticas de produção orgânica, o que leva a acreditar na efetivação do papel da Emater como uma das entidades responsáveis pela a difusão e fomento das práticas de produção orgânica no estado de Goiás. Estabeleceu-se como objetivo, apresentar por meio da análise de dados, a atual realidade da produção orgânica do estado de Goiás e a atuação da Emater, como ferramenta de fomento e difusão da produção orgânica, afim de demonstrar tais dados em forma de gráficos e mapas. Observa-se um crescimento de 132% no número de estabelecimentos agropecuários que produzem orgânicos no estado de Goiás entre 2006 e 2017. No entanto, a apuração do Censo Agropecuário 2017, além de atualizar as informações, mostrou que a preocupação com o uso de alimentos sem venenos vem aumentando. Acredita-se que, uma representação nas Comissões de Produção Orgânica (CPOrg), dará uma impulsionada na produção orgânica do estado de Goiás.

Author Biographies

Carlos Eduardo Félix da Silva

Possui curso de Técnico em Agropecuária pelo Instituto Federal Goiano - Campus Ceres, Graduação em bacharelado em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Goiás. Atua em pesquisas com metodologias aplicadas a análises de mudanças ambientais e análise de recursos hídricos. Atualmente é discente do Programa de Pós - Graduação em Geografia, na linha de concentração de Análise ambiental e tratamento da informação geográfica na modalidade de mestrado pela Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Georreferenciamento e análise de recursos naturais, atuando principalmente nos seguintes temas: Ciências ambientais, georreferenciamento, bacia hidrográfica,vulnerabilidade dos recursos naturais e sustentabilidade.

Kássio Samay Ribeiro Tavares, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Graduado no curso de Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Goiás (UFG)(2018). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geocartografia. Participou do Grupo de Estudos de Conservação dos Solos (UFG). Possui experiência em Pesquisa Nuclear pelo Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro Oeste (CNEN-CO) como bolsista CNPQ, no âmbito do monitoramento Ambiental (2014-2016). Possui o titulo de mestre pelo Programa de Pós Graduação de Geografia (PPGEO) da UFG (2021), com ênfase em Análise Ambiental e Tratamento de Informações Geográficas. Atuou como monitor de Cartografia e Geoprocessamento no Instituto de Estudo Socioambientais (IESA) (2019). Atualmente, estagiário voluntário e colaborador em pesquisa científica do laboratório Centro Integrado de Pesquisa e Gestão Territorial (CIPGeo) do Instituto de Estudos Socioambientais (IESA) da UFG, atuando como membro de equipe e monitor voluntário; Membro de equipe na empresa Ciclo Blue Gestão Sustentável, exercendo funções em gestão ambiental. Em 2021 ingressou no Programa de Pós Graduação em Geografia, da UNICAMP a nível de Doutorado.

Guilherme Resende Oliveira, Universidade de Brasília (UnB)

Doutor (2016) em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), onde fez o mestrado (2011) e a graduação (2008), também em Economia. Atualmente, é professor do Mestrado em Desenvolvimento Regional no Centro Universitário Alves Faria (UniAlfa) e Superintendente de Desenvolvimento Sustentável, na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Goiás. Foi Diretor-Executivo (2020-23) e pesquisador efetivo do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, vinculado ao Governo do Estado de Goiás. Foi Pesquisador Visitante do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada); gerente de Inovação da FAPEG (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás); gerente de Inteligência Territorial da Emater; professor da UnB (Universidade de Brasília), UAB (Universidade Aberta do Brasil), ENAP (Escola Nacional de Administração Pública) e Escola de Governo Henrique Santillo (Governo do Estado de Goiás). Pesquisa temas como avaliação de políticas públicas, desenvolvimento regional, economia agrícola, inovação e impactos socioambientais.

References

ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL, PNUD, IPEA, Fundação João Pinheiro, 2010. Acesso em: Renda perca capita, Distrito Federal 2010. Brasília - DF.

ANUÁRIO BRASILEIRO DA AGRICULTURA FAMILIA 2018, Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, 2018. Editora Bota Amarela. p. 78 – 81. p. 564. Brasília - DF

BRASIL. Lei 10.831. Brasília: Diário Oficial da União de 24 de dezembro de 2003.

BRASIL. Lei 11.326. Brasília: Diário Oficial da União de 24 de julho de 2006.

BRASIL. Lei nº 19.222, Gabinete Civil da Governadoria de 13 de janeiro de 2016.

Censo Agropecuário. Agricultura orgânica, primeiros resultados do Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Goiás, 2006.

Censo Agropecuário. Agricultura orgânica, primeiros resultados do Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Goiás, 2017.

Censo Agropecuário. Agricultura familiar, primeiros resultados do Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Goiás, 2006.

Censo Agropecuário. Uso de agrotóxicos, resultados do Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação. Goiás, 2006.

DECRETO nº 6.323. Produção orgânica no Brasil. De 27 de dezembro de 2007.

ESTADO DE GOIÁS. Lei nº 27, Gabinete Civil da Governadoria de 30 de dezembro de 1999.

EMATER GO. Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária – EMATER. Relatório de atividades 2017. Gerência de Comunicação para Inovação – Impressa em Janeiro de 2018. Goiânia – GO.

FIBL – FORSCHUNGSINSTITUT FÜR BIOLOGISCHEN LANDBAU; IFOAM –FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DOS MOVIMENTOS DA AGRICULTURA ORGÂNICA. The world of organic agriculture: statistics & emerging trends 2017. Research Institute of Organic Agriculture FIBL and IFOAM Organics International, 2017. Disponível em: <https://goo.gl/1qRV84>. Acesso em: 22 de fevereiro de 2018.

FOFONKA, L. Espaço agrícola, ambiente e agroecologia: incidência de moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) nos pomares de laranjado munícipio de Caraá, RS. 2006.

LEGAN, L. Soluções Sustentáveis: Permacultura Urbana, p. 15-23, 2004.

LTEIF, A. P. A. S. A. A construção social da agroecologia no Assentamento Tapera, em Riacho dos Machados, MG. 2008.

LINDEMANN, R. H. Ensino de Química em Escolas do Campo com proposta Agroecológica: Contribuições a partir da Perspectiva Freireana de Educação. 339 p. Abril de 2010.

MAPA - MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Atualmente, há mais que 15 mil produtores atuando com agricultura orgânica numa área estimada de 800 mil hectares. 2017. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sustentabilidade/organicos . Acessado em 16 de janeiro de 2018.

MAZZOLENI, E. M.; NOGUEIRA, J. M. Agricultura orgânica: características básicas do seu produtor. Revista de Economia e Sociologia Rural, Rio de Janeiro, vol. 44, nº 02, p. 263-293, abr/jun 2006 – Impressa em junho 2006.

MOREIRA, C. A. Produção e mercados de frutas, legumes e verduras orgânicos na região de influência econômica de Goiânia – GO. Dissertação de mestrado (Programa de Pós-graduação em Agronomia). Universidade Federal de Goiás. Goiânia, p. 32. 2006.

OIA BRASIL. Certificação Agropecuária e de Alimentos. Disponível em: http://www.oiabrasil.com.br/inspecao-e-auditoria/. Acessado em 28 de agosto de 2018.

ORGANIS. Primeira pesquisa nacional sobre o consumo de orgânicos. Disponível em: < https://organis.org.br/pesquisa-consumo-de-produtos-organicos-no-brasil-2017/> Acessado em: 19 de julho de 2020.

ORMOND, J. G. P. et al. Agricultura orgânica: quando o passado é futuro. 2002.

RODRIGUES, G. S. Avaliação de impacto ambiental de inovações tecnológicas agropecuárias. In: AVILA, A. F. D.; RODRIGUES, G. S.; VEDOVOTO, G. L. (Ed.). Avaliação dos impactos de tecnologias geradas pela Embrapa: metodologia de referência. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2008. p.85-102.

SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. O mercado para os produtos orgânicos está aquecido?. Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/o-mercado-para-os-produtos-organicos-esta-aquecido,5f48897d3f94e410VgnVCM1000003b74010aRCRD>. Acesso em 12 de janeiro de 2018.

WWF BRASIL. World Wide Fund for Nature. 2014. Pecuária Orgânica. Disponível em <https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/areas_prioritarias/pantanal/nossas_solucoes_no_pantanal/desenvolvimento_sustentavel_no_pantanal/pecuaria_sustentavel_no_pantanal/pecuaria_organica_no_pantanal/ >. Acessado em 22 de janeiro de 2018.

Published

2021-12-30

How to Cite

Eduardo Félix da Silva, C., Samay Ribeiro Tavares, K., & Resende Oliveira, G. (2021). Panorama do cenário da produção orgânica e a atuação da Emater no estado de Goiás. Revista Tecnia, 6(2), 221–240. Retrieved from https://periodicos.ifg.edu.br/tecnia/article/view/1028

Issue

Section

Ciências Agrárias, Biológicas e da Saúde