Um estudo discursivo
análise da canção “pra não dizer que não falei das flores”
DOI:
https://doi.org/10.56762/tecnia.v8i2.253Palavras-chave:
Análise do Discurso, Sujeito, Resistência, Poder., Ditadura militarResumo
Este artigo tem como objetivo empreender uma análise sobre a canção Pra não dizer que não falei de flores composta por Geraldo Vandré, na época da Ditadura Militar no Brasil. Para tanto, o que nos impulsiona a fazer essa análise é compreender o processo de constituição do sujeito no discurso de resistência político-social durante o regime autoritário. Desse modo, tomamos como base o aparato teórico-metodológico da Análise do Discurso francesa, derivada da linha de Michel Pêcheux e o seu grupo. Para a realização de nosso trajeto analítico, faremos um estudo de recortes da canção de Geraldo Vandré de modo a entender como o sujeito, então inscrito em um determinado lugar sócio-histórico-ideológico, é marcado pelas formações discursivas que lhe são constituintes. Como resultado dessa análise, verificamos que o discurso presente na letra da música investigada é atravessado pelas condições de produção, pelas noções de ideologia, história, memória e linguagem, visto que esses constituem elementos indissociáveis para a construção dos sentidos. Essa compreensão aponta, não apenas, para o sujeito em si, mas para o momento histórico e os discursos nos quais ele está inscrito, pois a constituição do sujeito no discurso de resistência político-social implica uma série de deslocamentos discursivos, com atravessamentos da esfera do poder e de como ele se faz obedecer, e como essa trama complexa e heterogênea de relações é propiciada pelo papel determinante das resistências.
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