HISTÓRIA PÚBLICA AMBIENTAL

REFLEXÃO DE PRÁTICAS NA REDE SOCIAL INSTAGRAM

Autores

DOI:

10.59616/cehd.v3i9.2674

Palavras-chave:

História Pública, Autorreflexividade, Redes sociais

Resumo

Intensa aceleração no cotidiano, múltiplas crises e (des)encontros nos atravessam a todo momento e lugar, virtualmente ou não. Assim, importa pensar: como a História pode se manifestar junto a essas dinâmicas? Privilegiando as crises climáticas/ambientais e a rede social Instagram, pensar as contribuições da História(s) Pública(s) aponta para possibilidades que ultrapassam a disseminação do conhecimento e seguem em direção à construção de conhecimentos atentos aos processos sociais, às suas mudanças e tensões. Para tal reflexão, lançamos mão da literatura História Pública e História Ambiental para embasar a reflexão de temas pretéritos. Em relação ao Instagram, levantamos os dados a partir das métricas ofertadas pela própria plataforma, as quais consideraram os engajamentos do perfil História Pública Ambiental. A História Ambiental como abordagem e a História Pública como campo de práticas ampliaram as conexões com os públicos no espaço digital.

Biografia do Autor

Denilton Gabriel Ambrosio da Rocha, UFGD

Possui graduação em História pela Universidade Estadual do Paraná (2023) e graduação em Filosofia (2a licenciatura) pelo Centro universitário UniFatecie (2024). Mestrado em HISTÓRIA pela Universidade Estadual do Paraná (2025). Atualmente é professor temporário na Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: jesuitismo, século XVIII, natureza amazônica e educação ambiental.

Eulália Maria Aparecida de Moraes, Universidade Estadual do Paraná

Graduada em História (1998) e Mestre em Geografia em "Análise Regional" pela Universidade Estadual de Maringá (UEM/2001). Doutora em História Social, "Cultura e Poder" pela Universidade Federal do Paraná (UFPR/2006). Professora Associada da Universidade Estadual do Paraná - Unespar/Campus de Paranavaí - Departamento de História. Pesquisadora na área de História do Brasil Colônia orientada por fontes documentais produzidas por cronistas religiosos, relatos ou narrativas de colonizadores, viajantes e/ou naturalistas dos séculos XVI ao XIX. Sobre o século XVIII, tido como o período de rompimento com o tradicional pensamento religioso cristão as ações que se seguem, denominadas Iluminismo ou Luzes são contempladas por nossa pesquisa por meio das explorações das Viagens Philosophicas desenvolvidas por naturalistas luso-brasileiros em expedições coordenadas por Portugal ao Brasil e África. Os estudos não tratam apenas da sistemática da natureza e observações empreendidas pela nascente Ciência Moderna nos territórios ultramarinos lusos, à exemplo das moléstias da África como a malária, a doença do sono ou mesmo em se tratando da reformulação do conceito de imperialismo ecológico para o Novo Mundo. Com base na Lei 10.639/03 entendemos que do continente africano subtraiu-se uma imensa riqueza tecnológica, cultural e simbólica dando condições e desenvolvimento a uma sociedade altamente complexa aqui na América. Atentando para com relatos de viajantes que, em suas narrativas, deram vazão ao inverossímil, à fantasia, ao preconceito, buscamos expandir e consolidar conhecimentos históricos e geográficos dos sertões da América portuguesa e regiões africanas em colonização e desta forma contribuir para com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e para o Ensino da História e Cultura Afro brasileira e Africana.

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Publicado

2025-12-23

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Como Citar

ROCHA, Denilton Gabriel Ambrosio da; MORAES, Eulália Maria Aparecida de. HISTÓRIA PÚBLICA AMBIENTAL: REFLEXÃO DE PRÁTICAS NA REDE SOCIAL INSTAGRAM. Convergências: estudos em Humanidades Digitais, [S. l.], v. 3, n. 9, p. 279–299, 2025. DOI: 10.59616/cehd.v3i9.2674. Disponível em: https://periodicos.ifg.edu.br/cehd/article/view/2674. Acesso em: 25 dez. 2025.

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