A LOUCURA SIGNIFICADA NA SOCIEDADE: O REAL, SIMBÓLICO E O IMAGINÁRIO SOCIAL
DOI:
https://doi.org/10.59616/cehd.v1i2.38Palavras-chave:
Loucura, naturalização, normatividade; Imaginário social.Resumo
O objetivo desta contribuição é uma profunda reflexão a respeito da naturalização da loucura e do lugar que ela ocupa no imaginário social. A partir de falas analisadoras e de uma revisão bibliográfica que remonta a história da loucura, busca-se compreende os dispositivos que levam a patologização da diferença e, sobretudo, de que lugar e com qual propósito o saber sobre a loucura é construído. A investigação aponta que a loucura obteve sua qualificação através de uma construção social que defende valores impostos por uma autoritária classe dominante. Ainda reduzida a uma dimensão biológica, a loucura, nessa sociedade que execra a expressão da diferença e da criatividade, continua sendo álibi para o controle e a adequação social, para a promoção de violências sobre os corpos e para a medicalização da vida.
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