ATÉ QUE O CAPITALISMO OS SEPARE: CASAMENTO E VIUVEZ COMO CONSTRUÇÕES SIMBÓLICAS DA RECONSTRUÇÃO ECONÔMICA DO SUL DOS EUA EM GONE WITH THE WIND (1939), DE VICTOR FLEMING
DOI:
https://doi.org/10.59616/cehd.v1i6.1911Palavras-chave:
Gone with the Wind, Viuvez, Guerra da SecessãoResumo
A presente pesquisa tem como objetivo analisar os signos, símbolos e imagens presentes em Gone With the Wind (1939), de Victor Flemming, que posiciona Scarlet O’Hara, protagonista da obra, como uma representação da economia dos Estados Unidos nos anos posteriores à III Guerra Civil Americana, conhecida como Guerra da Secessão. A metodologia utilizada será a Teoria Semiótica Greimasiana, de linha francesa, levando-se em consideração os estudos de Barros (2005) sobre a temática. A fundamentação teórica será norteada pelos estudos de Karnal (2007) e Lepore (2018), sobre as referencialidades históricas concernentes à Guerra da Secessão Norte-Americana e os anos posteriores, de reestabelecimento da economia. Como resultados, obteve-se que a vida de Scarlet O’Hara é figurativamente o processo de implementação da indústria no cerne da economia estadunidense, representada por meio de seus múltiplos casamentos com homens diferentes. Como considerações finais, obteve-se que sua pobreza é a representação da Secessão e que tais casamentos referem-se às fases da industrialização do Sul dos Estados Unidos ocorridos durante a Reconstrução.
Referências
CALDEIRA, Isabel. A construção social e simbólica do racismo nos Estados Unidos. Revista Crítica de Ciências Sociais. nº 39. 1994.
Gone With the Wind. Dirigido por Victor Fleming. Produzido por David O. Selznick. Distribuído por MGM. 1939.
KARNAL, Leandro. (et al). História dos Estados Unidos: das origens ao século XIX. São Paulo: Contexto, 2007.
LEPORE, Jill. These Truths: A history of the United States. New York/London: W. W. Norton & Company, 2018.