MEDICINA POPULAR E ACADÊMICA: DA COLÔNIA AO IMPÉRIO BRASILEIRO
DOI:
https://doi.org/10.59616/cehd.v1i2.103Palavras-chave:
Medicina popular, medicina acadêmica, curaResumo
Este artigo é uma revisão bibliográfica que examina através do método braudeliano da longa duração, saberes, práticas, teorias e técnicas medicinais, que circularam no Brasil, no período Colonial e Imperial. Sabemos do desafio e da impossibilidade de abranger todas as distintas abordagens sobre a história da saúde, deste modo, sem a presunção de dar conta de todas as práticas e técnicas medicinais que circularam no Brasil, de maneira dialética e reflexiva, observamos várias práticas e abordagens medicinais, tanto popular, quanto acadêmica, executadas por indígenas, europeus, africanos e brasileiros, com o objetivo de expor as diferenças, semelhanças e confluências/fusões de saberes e interpretações sobre saúde, doença e cura, advindas de regiões distintas, mas que compuseram sobretudo, o saber medicinal brasileiro.
Referências
ABREU, Jean; NOGUEIRA, André; KURY, Lorelai. Na saúde e na doença: enfermidades, saberes e práticas de cura nas medicinas do Brasil Colonial (séculos XVI XVIII). In: TEIXEIRA, Luiz; PIMENTA, Tânia; HOCHMAN, Gilberto. História da saúde no Brasil. São Paulo: Hucitec Editora, 2018. p. 27-66.
AGUIAR, E. Medicina: uma viagem ao longo do tempo (Domínio público). 2010.
APOLINÁRIO, Juciene. Doenças, plantas e práticas curativas indígenas na América Portuguesa do século XVIII. II Seminário Virtual Internacional de História Moderna: Mesa 2 Fármacos, curas e epidemias. Paraíba, Universidade Federal de Campina Grande, 2020. (Comunicação oral).
BASTOS, Mário J. da M. Medicina e Poder nos tempos da Peste (Portugal séc. XIV – XVI). II Seminário Virtual Internacional de História Moderna. Rio de Janeiro, UFF, 2020. (Comunicação oral)
BRAGA, Isabel. Doença e cura nos receituários portugueses da Época Moderna. II Seminário Virtual Internacional de História Moderna. Lisboa, Universidade de Lisboa, 2020. (Comunicação oral).
BRAGA, I. M. R. M. D. Sabores e Segredos. Receituários Conventuais Portugueses da Época Moderna. São Paulo: Annablume Editora, Outubro 2015.
BRAUDEL, Fernand. História e Ciências Sociais. Revista de História. Nº 62, Vol. XXX, 1965.
BRAUDEL, Fernand; DUBY, Georges. O Mediterrâneo - O espaço e a história. Título original: La Mediterranée, L'Espace et L'Histoire. © Flammarion, 1985.
CALAINHO, Daniela, Buono. Jesuítas e medicina no Brasil Colonial. Revista Tempo, Rio de Janeiro, nº 19. pp. 61-75. 2005.
CALAINHO, Daniela, Buono. João Vigier: um droguista no Portugal setecentista. Usos do passado - XII Encontro Regional de História, ANPUH-RJ, 2006.
CATAI, D. Médicos, Barbeiros e feiticeiros: Africanos e práticas de cura no Brasil do século XVIII. VIII Encontro Estadual de História, ANPUH BA, Feira de Santana, 2016.
DEBRET, Jean Baptiste. Viagem pitoresca e histórica ao Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1978.
EDLER, Flávio; ALVES, Fernando. A educação médica: do aprendiz ao especialista. In: TEIXEIRA, Luiz; PIMENTA, Tânia; HOCHMAN, Gilberto. História da saúde no Brasil. São Paulo: Hucitec Editora, 2018. p. 101-144.
EDLER, Flávio; FONSECA, Maria Raquel Fróes. Saber erudito e saber popular na medicina colonial. Cadernos ABEM, v.2, 2006.
EDLER, F. C. A medicina no Brasil Imperial: fundamentos da autoridade profissional e da legitimidade científica. Anuario de Estudios Americanos, Sevilha, v. 60, n. 1, p. 139-156, 2003.
EDLER, F. C. O debate em torno da medicina experimental no segundo reinado. História, Ciências, Saúde: Manguinhos, III(2): 284-299, 1996.
FERREIRA, Luís Gomes. Erário mineral [1735]. Org. Júnia Ferreira Furtado. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro-Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz, 2002.
FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala: formação da sociedade brasileira sob o regime de economia patriarcal. Rio de Janeiro: Record, 1992.
FOUCAULT, M. Microfísica do Poder. Organização e introdução de Roberto Machado. 3.ed.Rio de Janeiro: Graal, 1982.
GEWEHR, R. B.; BAÊTA, J.; GOMES, E.; TAVARES, R. Sobre as práticas tradicionais de cura: subjetividade e objetivação nas propostas terapêuticas contemporâneas. Psicologia USP, v. 28, n. 1, p. 33-43, 2017.
GUIMARÃES, Maria Regina. C. Civilizando as artes de curar: Chernoviz e os manuais de medicina popular do Império. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2006.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil. 6°. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
LEITE, Bruno. M. B. Medicina de Padre: Estudo sobre os fundamentos culturais da medicina jesuítica no Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, 2011.
MIRANDA, C. A. C. A arte de curar nos tempos da colônia: limites e espaços da cura. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 3. ed. rev. ampl. e atual, 2017.
RODRIGUES, Cleiton Lopes. Humores e temperamentos: considerações sobre a teroria hipocrática. Revista Páginas de Filosofia, v. 9, n. 2, p. 109-120, jul.-dez. 2020.
SANGLARD, Gisele. A construção dos espaços de cura no Brasil: entre a caridade e a medicalização. Revista Esboços, Santa Catarina, v. 13, n. 16 (2006).
