A LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA DO CINEASTA CLÁUDIO ASSIS ENQUANTO UM PROJETO ESTÉTICO E POLÍTICO (2003 A 2011)
DOI:
https://doi.org/10.59616/cehd.v1i6.2001Palavras-chave:
Cinema, Estética, Política dos Autores, Estudo Sócio Histórico, ConceitoResumo
Esse texto consiste em um estudo, em andamento, em nível de tese em História que possui por eixo hipotético a presença de um projeto estético e político no cinema de Cláudio Assis. Para esse estudo elencamos três filmes do referido cineasta, sendo: Amarelo Manga (2002), Baixio das Bestas (2006) e Febre do Rato (2011). Partimos dos elementos estéticos e políticos contidos nessa linguagem cinematográfica para validar essa hipótese. O estudo da filmografia de Cláudio Assis permite compreender o cenário cultural presente em Pernambuco, durante o século XX. Cenário esse que percorre os movimentos artísticos de maior expressão que são os Movimentos Armorial e o Movimento Manguebeat. Partimos do conceito de Política de Autores, denominação originária do movimento cinematográfico francês conhecido como Jovens Turcos, para desenvolvermos a pesquisa, sendo o processo de revalidação do conceito de autoria cinematográfica para a análise da respectiva linguagem citada. Compreendemos o mundo cinematográfico de Assis, como uma arte politizada e autoral.
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ASSIS, Cláudio. Febre do Rato [Filme-vídeo]. Produção: Cláudio Assis. Roteiro: Hilton Lacerda. Fotografia: Walter Carvalho. Trilha Sonora: Pupillo. Elenco: Ângela Leal, Conceição Camarotti, Hugo Gila, Irandhir Santos, Juliano Cazarré, Maria Gladys, Mariana Nunes, Matheus Nachtergaele, Nanda Costa, Tânia Granussi, Victor Araújo. 2011. 110 minutos. P&B. Ficção.
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