INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E ANTROPOLOGIA DIGITAL

COMO O ALGORITMO PODE (RE)DEFINIR PRÁTICAS CULTURAIS COMUNICACIONAIS?

Autores

DOI:

10.59616/cehd.v3i9.2807

Palavras-chave:

Sociedade, Computador, Internet, Hardware, Humano

Resumo

A pesquisa investiga à IA e a Antropologia Digital buscando entender os algoritmos como sua base, tendo como objetivo comprovar que não são limitados à análise e processamento de dados e sim mediadores, influenciando práticas culturais comunicacionais, para isso dialogamos com diversos autores dentre eles Lévy (1999), Jenkins (2009) e Santaella (2023). Adotou-se uma abordagem qualitativa com análise de conteúdo exploratória, sendo que os resultados indicam que a IA pode gerar homogeneizações, reproduzir desigualdades e criar experiências comunicacionais apresentando o conceito de inteligências não humanas denominado como xenoantropologia. Com isso conclui-se que sobre o prisma da antropologia digital e da IA é possível redefinir compreensões socioculturais através do algoritmo.

Biografia do Autor

Carlos Batista, UNIP-SP

Doutorando em Comunicação (UNIP, 2024) com pesquisas voltadas às áreas da Educomunicação e da Inteligência Artificial; Mestre em Educação (UNIB, 2023); Autor de livros e coletãneas nas áreas da Educação e Comunicação, palestrante, orientador pedagógico, Tutor EaD de Polos EaD na cidade de São Paulo e grande São Paulo vinculados à Universidade Paulista (UNIP) desde 2017, tmembro do CPA (Comunidade de Professores Autores) e dos grupos de pesquisas MITECHIS (UFT-GO) e Narratopias: narrativas, temporalidades e Tecnologias da Comunicação (UNIP-SP). Dentre suas principais pós-graduações lato sensu, destacam-se: Redação e Oratória e Literatura Brasileira (Faculdade São Luís - SP), Docência do Ensino Superior (FMU - SP); Formação em Educação a Distância, realizada (UNIP - SP) e MBA em Marketing e Vendas (FMU (SP). Graduado em Filosofia e Matemática (UNICV, 2025) com o trabalho de conclusão de curso que discute os Jogos e Sentidos de Wittgenstein e Frege sobre à Ótica Educomunicativa; Pedagogia (pela FCE, 2022) com o artigo de conclusão de curso que discute a relação entre o docente na sala de avaliação, em Letras-Inglês (na UNIP em 2020) com o TCC voltado a pesquisa de Mídias Sociais e em Desenho Industrial (na FAAP em 1999) com o TCC Hidrogen Utility onde foi apresentado um projeto de carro com tecnologias a serem adotadas nas próximas décadas.

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Publicado

2025-12-20

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Como Citar

BATISTA, Carlos. INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E ANTROPOLOGIA DIGITAL: COMO O ALGORITMO PODE (RE)DEFINIR PRÁTICAS CULTURAIS COMUNICACIONAIS? . Convergências: estudos em Humanidades Digitais, [S. l.], v. 3, n. 9, p. 33–48, 2025. DOI: 10.59616/cehd.v3i9.2807. Disponível em: https://periodicos.ifg.edu.br/cehd/article/view/2807. Acesso em: 21 dez. 2025.

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