TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA A PARTIR DA VISÃO DO PROFESSOR

Autores

  • Arianny Grasielly Baião Malaquias Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG)
  • Natalia Carvalhaes de Oliveira Instituto Federal Goiano (IFGoiano)
  • Joana Peixoto Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG)

Palavras-chave:

Tecnologia e educação, Prática Pedagógica, Práxis, Tecnocentrismo, Políticas educacionais para uso de tecnologias

Resumo

Tomando como ponto de partida o exercício de compreensão das relações entre educação e tecnologias e a necessidade de analisar as políticas educacionais relacionadas a essa temática, realizou-se uma pesquisa com 76 professores da rede pública estadual de educação em Goiás, com o objetivo de analisar as percepções destes professores sobre o papel das tecnologias na educação e a trajetória de suas práticas pedagógicas. O corpus textual foi obtido por meio de entrevistas coletivas realizadas com esses professores e sua análise realizada a luz do materialismo histórico-dialético. O referido corpus, constituído pelos diários de acompanhamento do trabalho empírico e das entrevistas coletivas, foi estruturado em três unidades de análise, tais quais serão discutidas neste artigo: 1) as práticas pedagógicas com uso de tecnologias, 2) formação para o uso, e 3) a visão do professor quanto ao uso de tecnologias. Os dados da pesquisa mostram que os docentes utilizam os objetos tecnológicos, em uma perspectiva tecnocêntrica e sem alcançar a práxis no sentido de atividade humana transformadora. O estudo evidencia a necessidade de uma análise mais aprofundada das políticas educacionais com enfoque no uso de tecnologias, como forma de superar a racionalidade instrumental que prevalece no tratamento do tema.

Biografia do Autor

Arianny Grasielly Baião Malaquias, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG)

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). Mestre em Matemática pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Graduou-se em Bacharelado em Matemática pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), Campus Goiânia. Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação-IFG. Integrante do grupo de pesquisa Kadjót - Grupo Interinstitucional de Estudos e Pesquisas sobre as relações entre as tecnologias e a educação, que desenvolve ações conjuntas com os seguintes grupos de pesquisa: GETED (UCDB), GEAD (UFG), GEMAT (UFG), GEPETTES (UNIUBE), LTI Digital (UFBA). Tem experiência em formação de professores, com ênfase na área de tecnologia e educação, atuando principalmente nos seguintes temas: tecnologia e educação, tecnologias e educação matemática, ensino de matemática e na relação destes temas com a formação de professores.

Natalia Carvalhaes de Oliveira, Instituto Federal Goiano (IFGoiano)

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), mestra em Microbiologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), especialista em Docência Universitária pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) e licenciada em Ciências Biológicas pela UFG. Professora efetiva do ensino básico, técnico e tecnológico (EBTT) no Instituto Federal Goiano - Campus Trindade. Docente no Programa de Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) no IF Goiano - Campus Ceres. Professora colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGECM) da UFG. Docente em cursos técnicos integrados ao ensino médio, pós-graduação lato sensu em Educação e Trabalho Docente e Formação Pedagógica para a EPT. Vice-líder do grupo de pesquisa KADJÓT (Grupo interinstitucional de estudos e pesquisas sobre as relações entre as tecnologias e a educação) e membro do grupo EducAção. Com base no materialismo histórico-dialético, atuo em temas de pesquisa sobre as relações entre: ciência, tecnologia, educação e ensino de Ciências da Natureza, práticas pedagógicas com tecnologias, educação a distância, pedagogia histórico-crítica. Contato: natalia.oliveira@ifgoiano.edu.br

Joana Peixoto, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG)

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás (1982), especialização em Informática e Educação pela Unicamp (1989), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Goiás (1991), DEA / Approches Plurielles en Sciences de lÉducation (2002) e doutorado em Ciências da Educação pela Universidade Paris 8 (2005). Atualmente é coordenadora do Programa de Pós-Graduação Acadêmico em Educação do IFG, atuando na linha de pesquisa: Teorias educacionais e práticas pedagógicas. É professora colaboradora no Mestrado Profissional em Educação Para Ciências e Matemática no IFG. Líder do Kadjót - Grupo Interinstitucional de Estudos e Pesquisas sobre as relações entre as tecnologias e a educação, que desenvolve ações conjuntas com os seguintes grupos de pesquisa: GETED (UCDB), GEAD (UFG), GEMAT (UFG), GEPETTES (UNIUBE), LTI Digital (UFBA). Vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC Goiás (gestão 2010 - 2012). Compõe o conselho editorial da Revista Educativa (PUC Goiás). Parecerista Ad hoc da Revista Inter-Ação (UFG).Tem experiência em formação de professores, com ênfase na área de tecnologia e educação, atuando principalmente nos seguintes temas: tecnologia e educação, informática e educação, mídia e educação, educação a distância e na relação destes temas com a formação de professores.

Referências

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Tradução de Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. Lisboa: Edições 70, 1977.

CARNEIRO, I. M. S. P. et al. A racionalidade subjacente à práxis do professor no contexto da educação superior. Série-Estudos - Periódico do Programa de Pós-Graduação em Educação da UCDB, n. 37, p. 215-226, 2014.

ECHALAR, A. D. L. F. O Programa Um Computador por Aluno no processo formativo: contradições e possibilidades de inclusão digital via ambiente escolar.2015. 147f. Tese (Doutorado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia. 2015.

ECHALAR, A. D. L. F. et al. As práticas de professores quanto ao uso de tecnologias. In: ECHALAR, A. D. L. F., PEIXOTO, J., CARVALHO, R. M. A. (Orgs.). Ecos e repercussões dos processos formativos nas práticas docentes mediadas pelas tecnologias. A visão de professores da rede pública da educação básica de Goiás sobre os usos das tecnologias na educação. Goiânia: Kelps, 2015. p. 85-102.

EVANGELISTA, O. Qualidade da Educação pública: Estado e Organismos Multilaterais. In: LIBANEO, J. C.; SUANNO, M. V. R.; LIMONTA, S. V. (Org.). Qualidade da escola pública: políticas educacionais, didática e formação de professores. 1ed. Goiânia: CEPED; América; Kelps, 2013, v. , p. 13-46.

FEENBERG, A. O que é a filosofia da tecnologia? In: NEDER, R. T. (Org.). Andrew Feenberg: racionalização democrática, poder e tecnologia. Ciclo de Conferências Andrew Feenberg. Brasília: Observatório do Movimento pela Tecnologia Social na América Latina/ Centro de Desenvolvimento Sustentável. Série Cadernos: CCTS – Construção Crítica da Tecnologia & Sustentabilidade. v. 1, n. 3, 2010. p. 39-51.

MARX, K.; ENGELS, F. A Ideologia Alemã. São Paulo: Martin Claret, 2010.

MAUÉS, O. C. . A Agenda da OCDE para a Educação. A formação do professor. In: GARCIA, D. M. F.; CECILIA, S. (Org.). Formação e profissão docente em tempos digitais. Campinas: Alínea, 2009, v. 1, p. 15-39.

MORAES, R. de A. A Política de Informática na Educação Brasileira. Do Nacionalismo ao Neoliberalismo. 1996. 218f. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1996.

NUNES, A. I. B. L.; NUNES, J. B. C. Papel dos formadores, modelos e estratégias formativos no desenvolvimento docente. Série-Estudos - Periódico do Programa de Pós-Graduação em Educação da UCDB, n. 37, p. 167-185, 2014.

PEIXOTO, J. Relações entre sujeitos sociais e objetos técnicos uma reflexão necessária para investigar os processos educativos mediados por tecnologias. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 20, n. 61, p. 317-332, 2015.

__________. Tecnologias e relações pedagógicas: a questão da mediação. Revista de Educação Pública, Cuiabá v.25, p.367-379, 2016.

PEIXOTO, J.; ARAÚJO, C. H. dos S. Tecnologia e educação: algumas

considerações sobre o discurso pedagógico contemporâneo. Educ. Soc. [on-line]. V.33, n. 118, p. 253-268, 2012.

PEIXOTO et. al. Formação para uso de tecnologias: os sentidos atribuídos pelos professores. In: ECHALAR, A. D. L. F., PEIXOTO, J., CARVALHO, R. M. A. (Orgs.). Ecos e repercussões dos processos formativos nas práticas docentes mediadas pelas tecnologias. A visão de professores da rede pública da educação básica de Goiás sobre os usos das tecnologias na educação. Goiânia: Kelps, 2015. p. 71-83.

VÁZQUEZ, A. S. Filosofia da práxis. São Paulo: Expressão Popular, Brasil, 2011.

Downloads

Publicado

28.06.2019

Como Citar

Grasielly Baião Malaquias, A., Carvalhaes de Oliveira, N., & Peixoto, J. (2019). TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA A PARTIR DA VISÃO DO PROFESSOR. Revista Tecnia, 4(1), 120–134. Recuperado de https://periodicos.ifg.edu.br/tecnia/article/view/1040

Edição

Seção

Educação e Ensino