SUBJETIVIDADE DOCENTE EM TEMPOS DE CULTURA DA PERFORMATIVIDADE
Palavras-chave:
Gerencialismo, Cultura da performatividade, Trabalho docenteResumo
O presente artigo é um estudo sobre as práticas gerencialistas na Educação e a consequência destas para a práxis e a subjetividade do professor. As reformas educacionais, pautadas pela implantação de um Estado avaliador lançaram no campo da Educação a primazia das avaliações de desempenho fazendo com que professores e estudantes tivessem como principal objetivo resultados nas avaliações de larga escala. Objetivamos refletir sobre o impacto da cultura do desempenho sobre estudantes e trabalhadores da Educação. Foi utilizada a pesquisa bibliográfica sobre o Estado gerencialista e performatividade. A pesquisa revelou que as práticas estabelecidas levam a uma reforma da subjetividade.
Referências
AMARO, I. A (in) visibilidade da escola: implicações das avaliações externas no contexto escolar. Educação: Teoria e Prática, Rio Claro, RJ, v. 23, n.43, p. 24-43, ago. 2013.
BALL, S. J. Performatividade, privatização e o pós-estado do bem-estar. Campinas: Educação e Sociedade, 2004.
BALL, S. J. Profissionalismo, gerencialismo e performatividade. Cadernos de pesquisa, 2005.
BALL, Stephen J. Reformar escolas/reformar professores e os terrores da performatividade. Revista Portuguesa de Educação, ano/vol. 15, número 002, Universidade do Minho Braga, Portugal pp. 3-23, 2002.
DAMBROS, Marlei; MUSSIO, Bruna Roniza. Política educacional brasileira: a reforma dos anos 90 e suas implicações. X ANPED SUL, Florianópolis, outubro de 2014.
DAMETTO, J.; ESQUINSANI, R. S. S. Avaliação educacional em larga escala: performatividade e perversão da experiência educacional. Educação, Santa Maria, RS, v. 40, n. 3, p. 619-630, dez. 2015.
GARCIA, M. M. A.; ANADON, S. B. Reforma educacional, intensificação e autointensificação do trabalho docente. Educ. Soc. Campinas, v. 30; n. 106. 2009.
HYPOLITO, A.M. Reorganização gerencialista da escola e trabalho docente. Rio Claro, SP: Educação: teoria e prática, 2011.
OLIVEIRA, D. A. A reestruturação do trabalho docente: precarização e flexibilização. Educ. Soc. Campinas, 2004. Vol. 25. N. 89.
PARENTE, J. M. A performatividade na educação: as implicações das novas tecnologias políticas no trabalho do professor. In: PARENTE, C. da M. D.; VALLE, L. E. L. R do; MATTOS, M. J. V. M. de. A formação de professores e seus desafios frente às mudanças sociais, políticas e tecnológicas. Porto Alegre: Penso, 2015.
RAIMANN, E. G.; LIMA, A. B. de. Trabalho docente e a cultura da performance: quais as implicações disso? In: RAIMANN, A.; ANDRADE, R. C. L. (Org.). Políticas educacionais: diferentes enfoques e olhares. Curitiba: CRV, 2016. p. 129-148.
RAMOS, M. N. A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação? São Paulo: Cortez, 2006.
SAVIANI, D. História das ideias pedagógicas no Brasil. 4ª ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2013.
SHIROMA, Eneida Oto; TURMINA, Adriana Claúdia. A (con)formação do trabalhador de novo tipo: o “ensinar a ser” do discurso de autoajuda. 34ª Reunião Anual Anped. Educação e Justiça Social, Natal, 2011. Disponível em: http://www.anped.org.br/app/webroot/34reuniao/images/trabalhos/GT09/GT09-53%20int.pdf. Acessado em: 21.02.2018.
SILVA, A. L. O ensino por competências no México e o papel dos organismos internacionais. Revista Brasileira de Educação, v. 23 e. 230004, 2018. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v23/1809-449X-rbedu-23-e230004.pdf.
SOUSA, M. de. Gerencialismo e performatividade: o único caminho para a escola pública de qualidade? Revista eletrônica de educação, v.11, n.2, 2017.
TURA, M. de L. R. As novas propostas curriculares e as práticas pedagógicas. Cadernos de pesquisa, v.42, n.147, 2012.
VAZ, J. D; FAVARO, N. de A. L. G. Os desafios do trabalho docente na sociedade capitalista. Revista Travessias: Paraná, v. 4, n.1, 2010, p. 504-525.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.